Muitas vezes, quando estamos fotografando, nos deparamos com temas que não ficam tão bem se enquadrados dentro das proporções mais comuns dos sensores fotográficos, o 3x2, comum na maioria das reflex digitais (DSLR), igual os antigos filmes fotográficos 35 mm, ou 4x3, usado em algumas reflex digitais, câmeras compactas e celulares (algumas câmeras e celulares permitem que você selecione a proporção desejada para suas fotografias, em suas configurações).
Eu sou um adepto das fotografias panorâmicas há muito tempo e, quando quero captar uma imagem de uma cena mais larga que o fotograma da fotografia, eu uso essa técnica (além de haver outras vantagens que cito mais para frente). Eu fotografo panorâmicas principalmente em fotos de paisagens e fotografias urbanas, mas também já explorei um pouco esta técnica na macrofotografia e close-up, como você pode ver nas imagens mostradas neste artigo.
Por que montar panorâmicas em vez de cortar a imagem na proporção desejada?
Nem sempre isso é possível, exigindo uma lente grande angular que muitas vezes não temos em mãos, além de trazer para a fotografia todas as distorções comuns das lentes grande angulares.
Além disso, quando nós cortamos uma imagem estamos diminuindo sua resolução. Se for para uso apenas na internet (redes sociais, sites etc.) pode ser possível o corte mantendo uma boa qualidade da imagem. Agora, se o uso pretendido por impressão em papel, não queremos diminuir sua resolução e, montando uma panorâmica a partir de várias imagens estamos aumentando a resolução da imagem final.
Se tiver dúvida sobre os termos e como funcionam os arquivos digitais veja meu texto Pixels vs dpi - Entendendo as imagens digitais.
Que cuidados ter ao fotografar uma panorâmica?
Como a imagem final será o resultado de mais de uma fotografia, para começar evite qualquer configuração automática que possa fazer com que uma fotografia saia diferente da outra, como white-balance automático e exposição automática. Defina na câmera o white-balance desejado e use preferencialmente o modo de exposição manual. Se estiver usando flash, dê também preferência ao modo manual e não TTL.
Além disso, na macrofotografia, muito cuidado com o foco. Como a profundidade de campo na macrofotografia é muito reduzida, dê preferência para temas chapados (paralelos ao sensor da câmera) de modo a conseguir nitidez em toda imagem (a não ser que o efeito desejado seja outro).
E SEMPRE sobreponha, no mínimo, de 30 a 40% as fotografias para que suas áreas de sobreposição sejam enxergadas pelo software de edição.
Devo deixar aparente as marcas de sobreposição?
Ai é gosto pessoal e depende unicamente do que você quer como imagem final!
Como mostro nas imagens acima, em algumas eu apenas sobrepus as imagens, algumas de forma manual e outras usando a ferramenta de alinhar Layers (camadas) no Photoshop, e ainda coloquei um efeito de sombra para enfatizar que é uma imagem à partir de várias fotografias, já que não era a ideia ter emendas perfeitas e invisíveis.
Em outros casos preferi usar a ferramenta Photomerge do Photoshop, que resulta em imagens sem emendas - nos exemplos acima tem duas imagens feitas a partir das mesmas fotografia-origem, mudando só o tratamento para o resultado final com ou sem emendas aparentes.
E aproveitando a postagem, todas essas imagens (e uma infinidade de outras) estão disponíveis para venda no formato impresso para decoração ou coleção (emolduradas ou não e no tamanho que você precisar - uma coisa muito comum é eu ajudar a ressuscitar antigas molduras de clientes com novas imagens para suas casas ou escritórios).
Havendo interesse entre em contato!
Boas fotografias!
Texto escrito por Tacio Philip em 11/06/2020.