Esses dias li o livro "Industria Cultural e Sociedade", uma compilação com 3 textos de Theodor Adorno, filósofo alemão do início do século passado, cunhador do termo indústria cultural, e que eu nunca havia lido.
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Assim como outros filósofos alemães do século passado (ou retrasado), a leitura de seus textos são chatas e deve-se levar em conta quando foram escritos. Muitas coisas que, para a década de 1960 deviam ser grandes ideias ou previsões, como pensar que: no futuro os filmes estarão dentro das casas das pessoas para vender produtos assim como acontece com o rádio, hoje acabam sendo lidas/entendidas como óbvias.
Entretanto, para quem quer realmente entender de onde vem termos usados atualmente por muitos autores, essa é uma das fontes originais do pensamento.
O primeiro trata da Industria Cultural abordando como tudo em nossa cultura atual ou é planejado para que seja um objeto de consumo, ou no final é englobado e tornado também um objeto de consumo, o que faz com que pensemos muito (pelo menos foi o motivo principal de eu ter ido até este texto) sobre a arte nos dias atuais (sem deixar de lado muitos outros exemplos).
O segundo texto aborda a crítica cultural, posto que, de acordo com o livro A Grande Feira, de Luciano Trigo, hoje nem faz mais seu papel de crítico no meio da arte, mas que o livro aborda também como mais uma área que é englobada pelo sistema econômico, perdendo assim todo seu conteúdo realmente crítico e apenas fazendo parte do sistema.
O último texto, que me surpreendeu já que nem sabia que abordaria isso, fala sobre o tempo livre e como ele também é uma criação feita para confirmar o tempo que deve ser dedicado ao trabalho, citando também os hobbies e a cultura de consumo nas férias, ou seja, mais índustria cultural visando sempre o lucro de alguns.
Como comentei no começo, é muitas vezes uma leitura pesada e "óbvia" se não considerarmos a época que foi escrito, mas já li coisas piores :-P Além disso, é um livro pequeno, em formato pdf teve apenas 70 páginas e o li em dois dias (assumo que, nas partes mais densas, quando não entendia uma ideia ou não tinha a referência citada, eu seguia em frente, não filosofei parágrafo por parágrafo sobre o que estava escrito).
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Acho que raramente será um livro que lerei mais de uma vez, mas se alguém estiver escrevendo uma tese, TCC ou algo parecido, ler direto na fonte e citar Adorno é muito mais "profundo" que citar os escritores contemporâneos que se basearam nele :-P Também é bom para postagem de frases de impacto em redes sociais e conversas! :-P
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Próximo da minha lista?
Colabore com os autores, você não faz a ideia da dificuldade de publicar um livro e receber algo por isso. Sempre que possível, evite fazer download de livro grátis em pdf, principalmente se o autor ainda estiver vivo (ou se leu em pdf e gostou, compre o livro!).
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Texto publicado originalmente por por Tacio Philip em 18/08/2020.
Talvez Gesto Inacabado: Processo de Criação Artística de Cecília Sales - e já que comecei a colocar review/resenha de alguns livros, estou pensando em começar a escrever dos anteriores que já li (e que me lembro do que tratam).