Usando um termo que a esposa de Charles Darwin disse para ele no documentário O Desafio de Darwin (se quiser a versão original: Darwin's darkest hour), mais uma vez acabei lendo um livro desses "horríveis alemães estudiosos".
A primeira vez que eu li este texto foi durante a pós em fotografia e ele aborda as mudanças na arte com a técnologia e reprodução. Podemos facilmente trazer o texto para o "hoje", na contínua era da reprodutibilidade técnica, onde se enquadra perfeitamente com o tema fotografia, que é abordada várias vezes (assim como o cinema).
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Inclusive, tenho pensado atualmente sobre como é covarde negar a reprodutibilidade da fotografia, a numerando e limitando sua tiragem, a convertendo à força em mais um produto facilmente aceito pela industria cultural no mercado da arte. Acho que isso mostra como tem muito "fotógrafo" que é muito mais um comerciante que alguém que realmente sabe jogar com as características que a fotografia apresenta, principalmente a digital.
Como diferença de leitura (o li entre ontem e hoje) e a vez passada, há alguns anos, agora li uma versão impressa e não um pdf. O texto em si é curto e, mesmo ele sendo um dos "horríveis alemães estudiosos", não é uma leitura tão pesada e consegue fluir.
O texto é super completo e um pouco diferente da versão que eu tinha lido (dei uma folheada no pdf para confirmar), mas nada que - pelo menos para mim - faça grande diferença, mas para quem quer entrar bem na cabeça do autor vale bastante à pena. Fez eu me lembrar do livro Gesto Inacabado, de Cecilia Almeida Salles, que também li este mês e, mesmo não se tratando de uma "obra de arte", ver as variações faz entender melhor o autor e seu processo de escrita.
Já o capítulo final, a carta de Theodor Adorno para Benjamin sobre o texto, entendi tão bem quanto se eu estivesse em uma mesa de bar, em Berlin, regado a uma boa cerveja alemã, ouvindo os dois conversando... em alemão! Ou seja, quase nada! A carta é crítica e traz muitas referências a textos escritos pelos dois, assim como outras leituras, ou seja, realmente não está ao meu alcance (é bom entender seus limites essas horas e só seguir adiante).
E logo no começo comento sobre os "horríveis alemães estudiosos" porque, mês passado, li o Industria Cultural e Sociedade, do Theodor Adorno (e nele já comentei como são algumas das vezes que pego esses alemães para ler...).
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Abaixo imagem da capa do livro: A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica, de Walter Benjamin
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Próximo da minha lista?
Colabore com os autores, você não faz a ideia da dificuldade de publicar um livro e receber algo por isso. Sempre que possível, evite fazer download de livro grátis em pdf, principalmente se o autor ainda estiver vivo (ou se leu em pdf e gostou, compre o livro!).
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Texto publicado originalmente por por Tacio Philip em 07/09/2020.
Acho que por enquanto nenhum. Daqui alguns dias "sorteio" outro, mas acho que preciso de uns dias para digerir melhor as leituras do mês passado e agora do começo deste... inclusive nem sei se vou manter a temática (fotografia), se volto para o tema arte ou se vou para algum tema completamente diferente. Veremos daqui uns dias.